"Eu era uma pessoa alegre, feliz, apesar das cirscunstâncias que rondavam a minha existência. Não era uma pessoa interessante, nem desisteressante. Se me perguntarem, direi que sempre fui uma pessoa no meio termo. Nunca gostei de saber dos sentimentos alheios, e nunca me importei quando me chamaram de insensível. Tenho mania de perseguição com amizades femininas. Vacas! Elas começam querendo saber qual a cor do seu esmalte ou batom, e terminam dizendo que estão apaixonadas pelo seu namorado, noivo ou marido. E para ser sincera, mantenho distância de todas elas por que acho que a minha frivolidade e futilidade são suficientes.
Eu normalmente não me importo com os rótulos e, embora as pessoas me achem um tanto frágil e indefesa, eu surpreendo muito com a minha força. Sou confusa, como todas as pessoas, e vivo querendo alguma coisa além daquilo que já tenho. E sempre a coisa que não deveria. Coisa que não gosto em mim. Ah... Falando nisso, eu acredito que tenho mais defeitos que qualidades, e embora eu já tenha encontrado pessoas que dissessem o contrário, eu nunca levei a sério, afinal, o amor cega as pessoas. Eu bem sei disso!
Também não acho que eu seja uma das pessoas mais agradáveis e nem das mais engraçadas. Aliás, quando eu uso de sarcasmo uma arma, as pessoas se intimidam e me chamam de mal-humorada. Vai entender?
As pessoas reclamam demais.
Talvez a realidade seja um choque mas, eu não sou santa. É, e acho que dizer isso não é nenhuma novidade se você pensar bem. Não minto muito, só quando acho necessário, e às vezes, o necessário é meio rotineiro demais, se é que você me entende. Se bem que eu não considero toda mentira uma mentira, do mais é uma omissão. E que atire a primeira pedra quem nunca pensou isso como desculpa para uma mentira!
Eu não gosto de lugares fechados também, e não gosto quando as pessoas me encaram. Aliás, eu odeio isso. Como se as pessoas fossem arrancar alguma coisa com aquele olhar de peixe morto. Ah! Quanto mais eu conheço as pessoas, mais eu gosto dos animais.
E as pessoas me recriminam por ter poucas amizades. Olha, eu já fui a pessoa mais sociável do mundo. E o que eu ganhei com isso? Falsidade e mais falsidade. E não pense você que eu não selecionava amizades, coleguismo e interesse. Eu fazia isso sim. Mas, dá tanto trabalho, que eu até acabei desistindo de ser a srta. Popularidade, para ser a srta. Anti-social.
Aliás, eu me orgulho muito disso. E não me importo com as opiniões.
Enquanto você não dorme pensando no que os outros estão pensando, eu, durmo muito bem (considerando as noites de insônia).
Continuando...
Eu não sou uma pessoa alegre, tipo, agora. Tô mais para uma pessoa conformada com sua existência e tentando botar um pouco de comédia numa vida que tá mais para novela das seis com enredo de mexicana. Mas, isso é outra história.
Eu também nunca gostei de enredos melosos, apesar de ser romântica. Sinto que desde que comecei a reparar que declarações em voz alta tem menos valor, comecei a gostar de filmes de ação/aventura. Mas o que isso tem a ver?
Bom, tem a ver com tudo. E com nada. Eu passei um tempo tentando colocar sentido a um monte de coisas que eu sempre pensei que teriam muito sentido, e que no final, foram decepcionantes. Tipo último capítulo de novela.
Então... Agora, eu venho tentando tirar o sentido das coisas. Tipo, fazer o contrário, sabe? E tem dado certo. Aliás, muito certo.
Quando eu joguei tudo no vento, eu comecei a ver as pessoas como são, sem romantizar muito. E isso foi bom. Menos decepção. Por que convenhamos que as pessoas são um tanto decepcionantes, não é mesmo?
Entre essas descobertas todas, eu ainda não me descobri. E também não descobri por que sou tão volúvel e avoada. Insegura e incerta de algumas coisas. Afinal, eu comecei a viver quase agora, não tá querendo me cobrar respostas, né? Por que honestamente, vou ficar devendo!
E acho que para um primeiro relato, tá bom, né?"
Incrível como quando a gente começa a escrever as coisas não param.
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