terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amor insensato...

Hoje, eu fiquei pensando quase o dia todo em algo para escrever. Muitas idéias me vieram a tona mas, nenhuma boa o suficiente que me fizesse sentar e digitar. Então, eu decidi terminar de ler o livro que eu peguei na biblioteca há duas semanas, e que vou devolver daqui dois dias. Quando comecei a ler, eu gostei por se tratar de uma história comum, de algo que realmente poderia ter acontecido comigo, ou qualquer outra pessoa. Eu gosto de livros assim, gosto de coisas reais, palpáveis, por assim dizer. Até hoje, eu tinha lido até um pouco antes da metade do livro, mais ou menos na página 165(o livro tem 277), e o que eu encontrei nas páginas restantes, foi como um diário de uma parte da minha vida. Estranhamente mascarado por alguns detalhes sórdidos não existentes porém, eles estavam lá. De qualquer forma, eu me senti mal lendo aquilo, e vendo que aquela idéia que eu tinha desde o começo, se confirmou no fim.
Lendo o livro, eu me senti mal por ver que eu fiz alguém passar por aquilo, e que alguém se sujeitou aquilo, por amor. Talvez, todo o tipo de amor seja insensato, mesmo sem querer.
Só para constar o nome do livro é Amor Insensato, de Junichiro Tanizaki.



Música de hoje: ♪ The Fray - Never Say Never ♫

domingo, 24 de outubro de 2010

Shades of gray...

Eu nunca gostei muito de cinza. Achava que era uma cor tão sem vida, tão sem graça. Hoje ela só me parece neutra, não é triste mas, também não é feliz. Ela é o meio termo, meio como tudo na vida. Tudo tem seus tons de cinza, até mesmo a felicidade e a tristeza. Acredito que a felicidade seria um cinza claro, mais parecido com o branco, como uma luz, e por sua vez, a tristeza seria um cinza escuro, como o preto.
Acho que talvez, eu tenha exagerado um pouco. Eu vivo nesses tons de cinza todos os dias, e pouco tinha percebido que existe uma linha tênue entre eles. Acho que a minha vida anda cheia de muitos "talvez" e, eu não sei bem a quantas andam os meus tons de cinza... Seria isso preocupante, ou somente irritante?




Música de hoje: ♪ Rihanna feat. Ne-Yo - Hate That I Love You ♫

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sad but true...

Embora eu ache que falar dos seus sentimentos e pensamentos seja uma das coisas mais dificeis que possamos fazer, um desabafo, às vezes,é necessário.
Faz uma semana que eu não paro de pensar em uma história e seu capítulo atual(um tanto inacabado). E eu simplesmente não paro de pensar naqueles outros capítulos, tão legais, tão interessantes, que me levaram a ter dúvidas sobre certas coisas que eu já pensava ter decidido. Não que eu seja confusa, o que na verdade eu não sou mais. Mas, esse negócio do "e se..." não existe mais na minha vida já faz um tempo. Extamente por este motivo, é que esses pensamentos tem me incomodado e tirado um pouco do meu sono.
Uma vez, eu realmente pensei que eu já tinha tudo, e que naquele momento estava tudo perfeito, que eu não precisava de mais nada. O que me incomodou muito neste capítulo da vida em especial foi que, eu não quis perfeição. Eu não quis que tudo continuasse seguindo seu curso natural, eu queria mais. Muito mais. Então eu mudei, e aquilo foi bom, aliás, ótimo. Eu consegui ver que era aquilo que eu queria, era aquele "mais" que eu estava procurando. E aí, a mesma coisa aconteceu... Eu queria mais, e sabia que o mais que eu poderia conseguir naquele momento era insuficiente a minha vontade. Então, eu mudei novamente. E foi bom. Mas não foi ótimo. Até hoje, eu sinto aquela sensação de que algo falta, de que eu perdi nesses capítulos alguma parte importante da história. E eu fico lendo, e relendo mas, não encontro a parte que me parece perdida.
Como eu já disse, eu não sou confusa. Esse capítulo eu também já tive mas, de vez em quando bate aquela insegurança de não estar escrevendo corretamente os capítulos da minha própria vida. O que me incomoda é não saber o que me espera, me desanima saber que eu não posso controlar tudo e que, certas coisas na minha vida daqui cinco anos vão ser diferentes. Daí, eu fico pensando: "Mas o que será que vai mudar nesse meio de tempo? Eu? As pessoas ao meu redor?"
Me sinto muitas vezes presa a esse tipo de pergunta. De não saber a resposta correta. Nunca sei o que vai acontecer quando eu abrir a porta de casa e sair para o trabalho, ou quando voltar. Tudo é um mistério, e na verdade, nunca fui muito fã de surpresas. E esse ditado "a vida é uma caixinha de surpresas" não me anima. Falando assim, parece que eu sou alguém bem encanado com esse tipo de coisa, e bem deprimida, o que na realidade, não é verdade.
Mas, é esse tipo de coisa que me faz perceber que aquele "mais" que eu tinha há um tempo, hoje eu não tenho mais. Aquele "mais" que fazia a vida ser diferente. Aquele "mais" que eu sabia que só podia melhorar, se eu quisesse.
O que me intriga mais é saber que tem certos capítulos do livro que não voltam, mesmo imaginando-os muitas vezes. E quanto mais penso neles, mais eu percebo que gostaria que eles continuassem. Dessa vez, não como capítulos, e sim, como volumes de uma história sem fim.



Música do dia: ♪ Scorpions - Rock You Like a Hurricane ♫